ABSTRACT
Background: Hypertension is associated with increased maternal and fetal mortality and morbidity. While there is consensus that severe hypertension should be treated, antihypertensive treatment for mild chronic hypertension during pregnancy remains controversial.
Objective: To evaluate clinical course, and maternal and perinatal outcomes of pregnant women with mild chronic hypertension without other disease, under strict control of maternal hypertension (target dBP of 85-89 mmHg).
Patients and methods: We conducted a prospective cohort study of 110 pregnant women with mild chronic hypertension without other disease; clinical course was classified in three groups: stable condition, exacerbation of hypertension and superimposed preeclampsia. We compare maternal and perinatal outcomes; statistical comparisons were performed by ANOVA test. Relative risk (RR) was calculated for adverse perinatal outcomes.
Results: A total of 110 women were included, mean maternal age was 33 ± 5.8 years. There were 78 (71%) women with stable condition, 26 (24%) with exacerbation of hypertension and 6 (5%) with superimposed preeclampsia (PE). Women with superimposed PE and exacerbation of hypertension delivered earlier and had more small for gestational age (SGA) babies than women with stable condition and exacerbation. Delivery route was vaginal in 45 patients (40%) while 65 patients (60%) underwent cesarean section in order to avoid fetal distress.
Conclusions: Results demonstrated that fetuses in the stable condition group (strict control) did not have worst outcomes than those in the other groups. This cohort study shows efficacy and safety of treating mild chronic hypertension during pregnancy.
Key words: pregnancy, chronic hypertension, exacerbation of hypertension, superimposed preeclampsia.
RÉSUMÉ
Antécédents : l’hypertension augmente la morbidité et la mortalité maternelles et foetales, il existe consensus sur le fait que l´hypertension grave devrait etre traitée, toutefois il est controversiel le controle de l´hypertension artérielle chronique légère pendant la grossesse.
Objectif : évaluer le parcours clinique et les résultats maternels et foetaux des femmes en état de grossesse avec hypertension chronique légère sans souffrances concomitantes, sous contrôle strict (but de pression artérielle diastolique : 85 à 89 mmHg).
Patients et méthodes : on a réalisé une étude prospective de cohorte de 110 femmes en état de grossesse avec hypertension chronique légère sans autre souffrance concomitante ; l’évolution clinique a été classée en trois groupes : stable, exacerbation de l’hypertension et pré-éclampsie surajoutée. On a contrasté les résultats maternels et périnataux. Les comparaisons statistiques ont été faites avec le test d’ANOVA. On a fait le calcul du risque relatif (RR) pour des événements périnatux adverses.
Résultats : on a inclus 110 femmes dont la moyenne d’âge a été de 33 ± 5.8 ans. Du total, 78 (71%) sont restées stables ; 26 (24%) ont subi excerbation de l’hypertension, et 6 (5%) pré-éclampsie surajoutée. Les patientes avec pré-éclampsie surajoutée et exacerbation de l’hypertension ont eu des accouchements plus précoces et des nouveau-nés plus petits pour l’âge gestationnel que les femmes avec évolution stable et exacerbation. La voie de naissance a été vaginale en 45 patientes (40%) et par césarienne en 65 (60%) ; dans ce dernier cas, l’indication la plus fréquente a été de souffrance foetale.
Conclusions : les résultats ont montré que les foetus du groupe stable (contrôle strict) n’ont pas eu de pires résultats que ceux des autres deux groupes. Cette étude de cohorte souligne que le traitement de l’hypertension chronique légère dans la grossesse est effectif et sûr.
Mots-clés : grossesse, hypertension chronique, exacerbation hypertensive, pré-éclampsie surajoutée.
RESUMO
Antecedentes: a hipertensão acresce tanto a morbilidade quanto a mortalidade maternas e fetais. Existe acordo no sentido que a hipertensão grave deveria se tratar, mesmo sendo controversial a manipulação da hipertensão arterial crónica leve durante a gravidez.
Objetivo: avaliar o curso clínico e os resultados maternos e fetais das mulheres grávidas com hipertensão crónica leve sem padecimentos concomitantes sob controle estrito (meta de tensão arterial diastólica: 85 a 89 mmHg).
Pacientes e métodos: Realizou-se um estudo prospectivo de coorte de 110 grávidas com hipertensão crónica leve sem outro padecimento concomitante; a evolução clínica se classificou em 3 grupos: estável, exacerbação da hipertensão e pré-eclâmpsia sobre-adicionada. Contrastaram-se os resultados maternos e perinatais. As comparações estatísticas foram realizadas com a prova de ANOVA. Calculou-se o risco relativo (RR) para eventos perinatais adversos.
Resultados: Incluíram-se 110 mulheres cuja idade média era de 33 ± 5,8 anos. Do total, 78 (71%) permaneceram estáveis; 26 (24%) sofreram exacerbação da hipertensão, e seis (5%), pré-eclâmpsia sobre-adicionada e exacerbação da hipertensão tiveram nascimentos adiantados e neonatos menores segundo a idade gestacional do que as mulheres com evolução estável e exacerbação. A via de nascimento foi vaginal em 45 pacientes (40) e por cesárea em 65 (60%); neste último caso a indicação mais freqüente foi sofrimento fetal.
Conclusões: os resultados demonstraram que os fetos do grupo estável (controle estrito) não tiveram piores resultados do que os outros dois grupos. Este estudo de coorte enfatiza que o tratamento da hipertensão crónica leve na gravideza é eficaz e seguro.
Palavras chave: gravidez, hipertensão crónica, exacerbação hipertensiva, pré-eclâmpsia sobre-adicionada
