ABSTRACT
Breast cancer is a frequent neoplasm in Latin America. Its control implies surveillance for about 10 years after diagnosis. The possibilities of metastatic disease depend on stage at diagnosis and the treatment administered to the patient. It is important that all medical centers implement their own follow-up that fits its needs. Surveillance must include physical therapy, attention to psychosocial aspects as well as treatment for toxicity, secondary effects, recurrence and second primaries. The American Society of Clinical Oncology (ASCO) includes monthly self-examination, annual mammography, office visits every three months for the first three years, and then biannual visits for the next two years and then annually. Randomized studies and the Cochrane database have proved that intensive follow-up is of no value compared with periodic appointments and annual mammography. Existing evidence suggests that postoperative surveillance of breast cancer patients is extremely expensive, time consuming and of no benefit in terms of survival. Most of recurrences present out of context from follow up visits. Thus, efficacy of routine doctor visits is questionable and a prospective study is needed to outline the adequate strategy.
Key words: breast cancer, follow-up, surveillance, recurrences, randomized studies.
RÉSUMÉ
Le cancer du sein est une souffrance fréquente en Amérique Latine, dont le traitement implique l’instauration de programmes de surveillance qui doivent se prolonger au moins 10 ans comme mesure de contrôle. Les possibilités de récurrence ou métastase dépendent du moment où l’on réalise le diagnostic, le stade de la maladie et le traitement établi. Il est donc convenable que chaque centre hospitalier possède un programme de suivi adapté aux besoins de sa population. Le suivi comprend l’évaluation de la réhabilitation physique et psychosociale, le monitorage des résultats du traitement, les toxicités et les complications y comprises, et la détection de récurrences et nouvelles dysplasies. La Société Américaine d’Oncologie Clinique (ASCO, par ses sigles en anglais) recommande de faire un auto-examen mensuel du sein et mastographie annuelle du sein conservé, en plus de la révision clinique, qui sera trimestrielle pendant les trois premières années ; semestrielle les deux suivantes et, désormais, elle sera faite chaque année. La révision d’études aléatorisées et de la base de données de Cochrane a démontré que le suivi intensif a très peu de valeur comparé avec les révisions périodiques et une mammographie annuelle. Selon les données obtenues jusqu’à présent, on peut affirmer que le suivi postopératoire de patientes avec cancer du sein est excessivement coûteux, consomme du temps et n’augmente pas la survivance. On a observé que la plupart des récurrences se passent hors du contexte de la visite de suivi ; pour cette raison, l’efficacité de ce procédé de routine est questionnable et l’on requiert d’une étude prospective à long terme pour préciser une stratégie optimale.
Mots-clés : cancer du sein, suivi, surveillance, récurrences, études aléatorisées.
RESUMO
O câncer de mama é um padecimento freqüente na América Latina, cujo tratamento implica na instauração de programas de vigilância que devem prolongar-se ao menos 10 anos como medida de controle. As possibilidades de recorrência ou metástase dependem do momento em que é feita o diagnóstico, em que estado se encontra a enfermidade e o tratamento instituído. O mais conveniente é que cada centro hospitalar tenha um programa de seguimento adaptado as necessidades de sua população. O seguimento inclui a avaliação de reabilitação física e psicossocial, da motorização dos resultados do tratamento, incluindo as toxidades e as complicações, e também as recorrências e as novas neoplasias. A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO, por suas siglas em inglês) recomenda a realização de um auto-exame de mama mensal e mamografia anual da mama afetada, além disso uma revisão clínica, que durante os três primeiros anos será trimestral; e os dois seguintes será semestral, e a partir de então poderá ser a cada ano. A revisão de exames aleatórios e da base de dados de Cochrane demonstrou que o seguimento intensivo tem escasso valor se é comparada com as revisões periódicas e mamografia anual. De acordo com os dados obtidos até hoje, pode-se afirmar que o seguimento pós-operatório de pacientes com câncer de mama é demasiado custoso, consume tempo e não aumenta a sobrevivência. Foi observado que a maior parte das recorrências ocorrem fora do contexto da visita de seguimento; de tal forma a eficiência deste procedimento de rotina é questionável e requer um estudo prospectivo a longo prazo para precisar de uma ótima estratégia.
Palavras-chave: Câncer de mama, seguimento, vigilância, recorrência, estudo aleatórios.
