Nivel de evidencia: II-2

RESUMEN

Antecedentes: la placentación anormal es una de las principales características de la preeclampsia. Se debe a una falla en la invasión trofoblástica de las arterias espirales maternas, que condiciona el aumento de las resistencias vasculares y la disminución de la perfusión útero-placentaria.

Objetivo: determinar la relación entre la velocimetría Doppler de la arteria umbilical y el resultado perinatal adverso en pacientes con preeclampsia severa.

Material y método: estudio prospectivo, observacional y transversal. Se incluyeron pacientes entre 27 y 33 semanas de gestación, con preeclampsia severa tratadas de manera conservadora entre enero de 2004 y enero de 2006. La velocimetría de la arteria umbilical con ultrasonido Doppler pulsado con transductor convexo de 3.5 MHz se midió cada semana. Los resultados del último Doppler, en los siete días previos a la interrupción del embarazo, se relacionaron con el resultado perinatal. Las gestaciones se interrumpieron por indicación materna o fetal (prueba sin estrés ominosa o perfil biofísico fetal de 4 o menor). El Doppler se consideró anormal cuando el índice de pulsatilidad estaba por arriba del percentil 95 para la edad gestacional, o bien un perfil de onda de la arteria umbilical con flujo diastólico final ausente o reverso. El análisis estadístico se realizó con la prueba de la χ² y t de Student.

Resultados: se estudiaron 43 pacientes: 21 (49%) tuvieron Doppler normal y 22 (52%) anormal. En el segundo grupo 13 (59%) pacientes tuvieron índice de pulsatilidad mayor del percentil 95 para la edad gestacional, 7 (32%) flujo diastólico ausente y 2 (9%) flujo reverso. Los recién nacidos con Doppler anormal tuvieron menor peso (1,174 vs 1,728 gramos), Apgar a los 5 minutos menor, mayor ingreso a terapia intensiva (86.4 vs 43%) y mayor morbilidad neonatal, comparados con los que tuvieron Doppler normal (p < 0.05). Cuando el Doppler fue normal la mortalidad perinatal fue de cero, mientras que con un resultado anormal hubo seis muertes, de las que dos ocurrieron con flujo diastólico presente (15%), dos con flujo diastólico ausente (28%) y dos con reverso (100%).

Conclusiones: el Doppler anormal de la arteria umbilical se asocia con resultado perinatal adverso y es un factor pronóstico importante de morbilidad y mortalidad perinatal.

Palabras clave: Doppler de la arteria umbilical, preeclampsia severa, resultado perinatal.

ABSTRACT

Background: Abnormal placentation is a main preeclampsia characteristic. Its cause is a maternal spiral veins trophoblastic invasion failure, which conditions vascular resistances raise and uterus-placental perfusion decrease.

Objective: To determine the relationship between umbilical artery Doppler waveform and adverse perinatal outcome in patients with severe preeclampsia.

Patients and method: A prospective, observational and transversal study was done to analyze patients between 27 to 33 weeks of gestation with expectant management of severe preeclampsia from January 2004 to January 2006. Umbilical artery velocimetry studies were performed at least once a week by means of pulsed Doppler equipment with a 3.5 MHz transducer. Only the results of the last Doppler examination performed within 7 days of delivery were considered in the correlation with perinatal outcomes. The indications for delivery were maternal or fetal (non reassuring nonstress test or biophysical profile ≤ 4). An abnormal Doppler velocimetry was defined as pulsatility index being higher than percentile 95 for gestational age, or absent or reversed end diastolic velocity waveforms in umbilical artery. The statistical analysis was done with χ² test and Student t test.

Results: There were included 43 patients in this study. Twenty-two (52%) had an abnormal Doppler umbilical artery pulsatility index and 21 (49%) obtained a normal umbilical artery waveform. In the first group 13 (59%) had a positive end diastolic velocities with elevated pulsatility index values, end diastolic velocities were absent in seven cases (32%) and reversed in two cases (9%).

Neonates with abnormal pulsatility index had a lower birth weight (1,174 vs 1,728 g), lower Apgar score at 5 minutes, higher admission to the neonatal intensive care unit (86.4 vs 43%), and significant neonatal morbidity compared with those with normal velocimetry (p < 0.05). There were no perinatal deaths with normal umbilical Doppler waveform. There were six perinatal deaths in the abnormal Doppler velocimetry. Two cases occurred with positive end diastolic velocity (15%), two cases with absent end diastolic velocity (28%) and two deaths with reversed flow of the umbilical artery (100%).

Conclusion: An abnormal Doppler umbilical artery waveform is associated with poor perinatal outcome and is a strong predictor of perinatal mortality.

Key words: Umbilical artery Doppler, severe preeclampsia, perinatal outcome

RÉSUMÉ

Antécédents: la placentation anormale est une des caractéristiques principales de la pré-éclampsie. Elle est due à un défaut dans l’invasion trophoblastique des artères spirales maternelles, qui conditionne l’augmentation des résistances vasculaires et la diminution de la perfusion utéro-placentaire.

Objectif: déterminer la relation entre la vélocimétrie Doppler de l’artère ombilicale et le résultat périnatal adverse chez des patientes avec pré-éclampsie sévère.

Matériel et méthode: étude prospective, observationnelle et transversale. On a inclus des patientes ayant entre 27 et 33 semaines de gestation, avec pré-éclampsie sévère traitées de manière conservatrice de janvier 2004 à janvier 2006. La vélocimétrie de l’artère ombilicale avec ultrason Doppler pulsé avec transducteur convexe de 3.5 Mhz a été mesurée chaque semaine. Les résultats du dernier Doppler, dans les sept jours préalables à l’interruption de la grossesse, ont été liés au résultat périnatal. Les gestations ont été interrompues par indication maternelle ou fœtale (test sans stress exécrable ou profil biophysique fœtal de 4 ou inférieur). Le Doppler a été considéré anormal lorsque l’indice de pulsatilité était par-dessus du percentile 95 pour l’âge gestationnel, ou bien un profil d’onde de l’artère ombilicale avec flux diastolique final absent ou inverse. L’analyse statistique a été réalisée avec test du chi carré et t de Student.

Résultats: on a étudié 43 patientes: 21 (49%) ont eu Doppler normal et 22 (52%) anormal. Dans le deuxième groupe, 13 (59%) patientes ont eu indice de pulsatilité supérieur au percentile 95 pour l’âge gestationnel, 7 (32%) flux diastolique absent et 2 (9%) flux inverse. Les nouveau-nés avec Doppler anormal ont eu un poids inférieur (1,174 vs 1,178 g.), Apgar à 5 minutes inférieur, majeure admission en thérapie intensive (86.4 vs 43%) et majeure morbidité néonatale, comparés avec ceux qui ont eu Doppler normal (p < 0.05). Lorsque le Doppler a été normal, la mortalité périnatale a été de zéro, tandis qu’avec un résultat anormal il y a eu sept décès, dont deux se sont passés avec flux diastolique présent (15%), deux avec flux diastolique absent (28%) et deux avec flux inverse (100%).

Conclusions: le Doppler anormal de l’artère ombilicale est associé avec résultat périnatal adverse et il permet notamment de prédire la morbidité et mortalité périnatales.

Mots-clés: Doppler d’artère ombilicale, pré-éclampsie sévère, résultat périnatal.

RESUMO

Antecedente: A placentação anormal é uma das principais características da pré-eclâmpsia. Deve-se a uma falha de invasão trofoblástica das artérias espirais maternas, que condicionam o aumento das resistências vasculares e a diminuição da perfusão útero-placentária.

Objetivo: Determinar a relação entre velocimetria Doppler da artéria umbilical e o resultado adverso perinatal nas pacientes com pré-eclâmpsia severa.

Material e Método: Pesquisa prospectiva, observacional e transversal. Foram incluídos pacientes entre 27ª e 33ª semana de gestação, com pré-eclâmpsia severa tratadas de maneira conservadora de janeiro de 2004 a janeiro de 2006. A velocimetria da artéria umbilical com o ultra-som Doppler pulsado com transdutor convexo de 3,5 Mhz foi medida a cada semana. Os resultados do último Doppler aos sete dias prévios da interrupção da gestação se relacionou com o resultado perinatal. As gestações foram interrompidas por indicação materna ou fetal (prova sem estresse ominosa ou perfil biofísico fetal de 4 ou menor). O Doppler foi considerado anormal quando o índice de pulsatilidade estava acima do percentil 95 para a idade gestacional, ou bem um perfil de onda de artéria umbilical com fluxo diastólico final ausente ou reverso. As análises estatísticas foram realizadas com teste de χ² e t de Student.

Resultados: Foram analisadas 43 pacientes: 21 (49%) tiveram Doppler normal e 22 (52%) anormal. No segundo grupo 13 (59%) pacientes tiveram índices de pulsatilidade maior do percentil 95 para a idade gestacional, 7 (32%) fluxo diastólico ausente e 2 (9%) fluxo severo. Os recém-nascidos com Doppler anormal tiveram peso menor (1,174 vs 1,728 g), Apgar aos 5 minutos menor, maior ingresso a Terapia Intensiva (86,4 vs 43%) e maior morbidade neonatal, comparados com os que tiveram Doppler normal (p < 0,05). Quando o Doppler foi normal, a mortalidade perinatal foi de zero, enquanto que com o resultado anormal teve seis mortes, das quais duas ocorreram com fluxo diastólico presente (15%), duas com fluxo diastólico ausente (28%) e duas com reverso (100%).

Conclusões: O Doppler anormal da artéria umbilical se associada com o resultado perinatal adverso e é um preditor importante de morbidade e mortalidade perinatal.

Palavras-chave: Doppler de artéria umbilical, pré-eclâmpsia severa, resultado perinatal.